Dietas da Moda


As Dietas da moda prometem emagrecimento rápido e sem muito esforço. Essas dietas não recebem apoio dos nutricionistas e podem ser perigosas, uma vez que a maioria não é balanceada e pode causar deficiência de nutrientes. Além disso, emagrecer muito rapidamente não é saudável.
Outro problema com as dietas da moda é que, apesar de poderem causar emagrecimento a curto prazo ao restringir a ingestão de calorias, elas dificilmente podem ser mantidas por um longo período de tempo. Desta forma, na maioria das vezes a pessoa recupera o que emagreceu em um curto período de tempo, o chamado efeito sanfona.

Dieta da USP - Essa dieta aproveita-se do nome da USP para dar a impressão de seriedade científica. A verdade é que a USP nunca elaborou nenhuma dieta como essa. De um modo geral, a chamada dieta da USP preconiza a restrição total de carboidratos, permitindo apenas o consumo de gorduras e proteínas. Ela pode ser perigosa, pois não é balanceada e há o consumo exagerado de proteínas e gorduras.

Dieta do Dr. Atkins - popularizada pelo livro “Dr. Atkins' New Diet Revolution” , promove o emagrecimento através do consumo de alimentos com pouco carboidrato e muita proteína e gordura, porém não necessariamente com poucas calorias. Segundo o doutor Atkins, esse tipo de dieta poderia iniciar maior perda de peso do que as dietas convencionais com equilíbrio de carboidratos, gorduras e proteínas. Adicionalmente, a dieta de Atkins supostamente seria amigável àqueles com tendência a diabetes, uma vez que baixa ingestão de carboidratos poderia reduzir a necessidade do corpo por insulina. O conceito da dieta de Atkins é oposto ao usado por anos pelos nutricionistas tradicionais e especialistas médicos. A resposta inicial da comunidade médica foi de que a dieta de Atkins provavelmente não seria segura, uma vez que anos de evidência científica sugeriam que a ingestão de muita gordura poderia elevar as taxas de colesterol e, desta forma, aumentar os riscos de doença cardiovascular. Depois de anos do lançamento da dieta de Atkins, alguns resultados importantes de pesquisas estão começando a aparecer na literatura científica sobre quais seriam seus os riscos.


Dieta de South Beach - foi desenvolvida pelo cardiologista Arthur Agatston, que praticava a medicina em Miami na Flórida. Em alguns aspectos similar à de Atkins, já que enfatiza a pequena quantidade de carboidratos, a Dieta de South Beach foi desenvolvida para pacientes com problemas cardíacos para perder peso sem o risco de cetose.
Na fase inicial, que dura poucas semanas, a pessoa restringe severamente o consumo de carboidratos não comendo nem cereais nem frutas. Depois dessa fase, o consumo de alimentos à base de cereais e frutas é gradualmente retornado, porém, provavelmente, em menor quantidade do que antes do início da dieta, e com ênfase em grãos integrais no lugar da farinha de trigo refinada. 

Dieta da Sopa - é mais um método popular para emagrecer que recebe muitas críticas de especialistas. Nessa dieta, que tem poucas calorias mas é desbalanceada, a pessoa toma sopa por uma semana. A sopa é preparada com vários legumes, sendo que o repolho é predominante. 
Apesar de poder conter boa quantidade de vitaminas, minerais e fibras, essa dieta para emagrecer é pobre em proteínas, gorduras e carboidratos. Desta forma, a dieta da sopa não segue os princípios de uma dieta balanceada como preconizada pela Pirâmide Alimentar.
Por não ser uma dieta balanceada, ela poderia ocasionar carência de nutrientes essenciais e levar a sintomas de sonolência, fraqueza, mal-estar e dor de cabeça. Além disso, quando a pessoa voltar a se alimentar como antes, tende a recuperar tudo o que emagreceu.

Dieta do Tipo Sanguíneo - foi desenvolvida pelo americano Peter J. D'Adamo, que a popularizou através do livro A Dieta do seu Tipo Sanguíneo.
Essa dieta prega que deve-se ter uma alimentação diferenciada para cada tipo de sangue. Ela baseia-se na teoria de que o tipo sanguíneo determina funções digestivas, estruturas imunológicas e que alguns alimentos podem causar emagrecimento ou aumento de peso. Desta forma, se a pessoa seguisse uma dieta correta para o seu tipo de sangue ela emagreceria, ficaria mais saudável e ainda evitaria várias doenças.
Segundo a dieta do tipo sanguíneo, pessoas de sangue O seriam "caçadoras carnívoras", com aparelho digestivo forte, sistema imunológico superativo e requerem metabolismo eficiente para permanecerem magros. Já indivíduos de sangue A seriam vegetarianos dóceis, e os de sangue grupo B seriam onívoros. 
Pela classificação da dieta do tipo sangüíneo, as pessoas deveriam ter as seguintes condutas alimentares de acordo com seu tipo de sangue:
Sangue tipo O: pessoas desse tipo sangüíneo, o mais antigo, deveriam comer carne quase todos os dias para saciar suas necessidades de caçador. Os que têm tipo O também deveriam evitar a maioria dos grãos uma vez que a agricultura não existia quando esse tipo de sangue originou-se.
Sangue tipo A: esse tipo sangüíneo apareceu depois do desenvolvimento da agricultura, então deveriam comer principalmente vegetais.
Sangue tipo B: tipo de sangue que surgiu depois que os seres humanos migraram para lugares variados do planeta. Desta forma, as pessoas desse tipo sangüíneo deveriam ter uma dieta mais variada.
Sangue tipo AB: é o tipo sangüíneo mais novo, que reúne características dos sangues A e B.
A dieta do tipo sangüíneo é polêmica e recebe críticas de nutricionistas e médicos que afirmam não haver comprovação científica da relação entre o tipo de sangue e dieta ideal. Apesar do elaborador da dieta do tipo sanguíneo alegar ter reunido mais de 1.000 artigos científicos relacionando os tipos de sangue com nutrição, doenças e bioquímica, não há nenhum estudo científico controlado que comprove sua teoria. Os biólogos e médicos afirmam que o tipo de sangue não tem grande influência na química do organismo ou digestão. Além disso, curiosamente a dieta do tipo sanguíneo praticamente não leva em consideração o fator sangüíneo RH.

Dieta Ortomolecular - bastante comentada hoje em dia, é parte da medicina ortomolecular, a qual propõe que muitas doenças e problemas de saúde resultam de desequilíbrios químicos ou deficiências de nutrientes, e podem ser prevenidas, tratadas ou curadas ao alcançar o nível ótimo de substâncias como vitaminas, sais minerais, enzimas, antioxidantes, aminoácidos, ácidos graxos essenciais, pró-hormônios, lipotrópicos e fibras alimentares. Desta forma, a dieta ortomolecular procura atingir o nível ideal dessas substâncias e muitas vezes são utilizados suplementos nutricionais.
Algumas análises laboratoriais empregadas para a dieta ortomolecular não são aceitas na medicina convencional. A dieta molecular objetiva fornecer, na maior parte das vezes via oral, as quantidades ideais das substâncias normais ao organismo. Mais freqüentemente a definição da quantidade "ideal" dessas substâncias é produto do julgamento do praticante da medicina ortomolecular, que prescreve os nutrientes baseado nos testes, sintomas do paciente e em seu próprio julgamento do que é apropriado. 
Nos primeiros dias da medicina ortomolecular, os suplementos para a dieta geralmente eram de altas doses de um nutriente. Hoje em dia, é mais comum na dieta ortomolecular o uso de muitas substâncias como: aminoácidos, enzimas, hormônios, nutrientes não essenciais, vitaminas, sais minerais, etc. Muitas vezes, a suplementação da dieta é feita com doses altas de vitaminas, bem maiores que o RDA (consumo recomendado aprovado na dieta). As substâncias nutricionais também podem ser administradas com mudanças na dieta, a fim de enfatizar certos alimentos ricos em nutrientes.
Medicina ortomolecular é explicitamente praticada por relativamente poucos médicos convencionais. O campo ortomolecular é baseado em pesquisas em bioquímica, dieta, nutrição, medicina e farmacêuticos, combinadas com a experiência clínica de alguns médicos.
Apesar da medicina ortomolecular ser controversa entre médicos e organizações médicas, os defensores da dieta ortomolecular argumentam que muitos estudos importantes sobre nutrição dão suporte aos seus tratamentos e recomendações. Eles também argumentam que a terapia e dieta ortomolecular têm menos probabilidade de causar efeitos colaterais perigosos, uma vez que utilizam somente moléculas presentes naturalmente no organismo através da dieta ou metabolismo normal. A medicina ortomolecular afirma que muitas dietas típicas são insuficientes para a boa saúde a longo prazo.

Dieta Macrobiótica - é um regime de dieta proposto nos final dos anos 60 por Michio Kushi, que foi inspirado pelo filósofo Georges Ohsawa. A dieta macrobiótica enfatiza cereais integrais cultivados localmente, legumes e produtos de soja fermentada, combinados em refeições pelo princípio das propriedades do yin e yang.
O ideal é que não seja consumido nenhum produto animal, porém Kushi recomenda que a dieta seja adotada gradualmente, comendo cada vez menos alimentos de origem animal até que o corpo não tenha mais necessidade deles. Farinha refinada, açúcar, laticínios e carne de vertebrados são vistos como os mais nocivos, enquanto peixe é considerado aceitável se o corpo pedir por ele. Além de frutas naturais, o único adoçante usado na comida macrobiótica é xarope de malte de cevada.
Os proponentes da macrobiótica afirmam que essa dieta pode ajudar a alcançar a paz interior e salvação do consumismo, assim como trazer benefícios significativos para a saúde, incluindo proteção contra enfermidades cardíacas e alguns cânceres.
Alguns do que seguem essa dieta acreditam que sua boa saúde é decorrente de comer macrobioticamente, porém oponentes apontam diversas mortes de pessoas que estavam usando a forma mais severa de macrobiótica. Não foi comprovada nenhuma ligação de causa entre dieta e as mortes, mas isso não pode ser descartado como um fator possível.

Dieta do Pontos - nesse tipo de dieta, a pessoa controla os pontos ao invés das calorias. Cada ponto corresponde a cerca de 3,6 calorias (300 pontos = 1080 kcal). A quantidade de pontos a ser consumida por dia é determinada de acordo com a altura, sexo, idade, hábitos alimentares e de atividade física do indivíduo.
Uma das vantagens da dieta dos pontos é praticidade e comodidade, já que a pessoa pode comer de tudo desde que não ultrapasse o limite de pontos. Além disso, a tabela da dieta dos pontos é mais fácil de ser utilizada do que memorizar o número de calorias de cada alimento. 
Para que a dieta dos pontos seja seguida de forma correta é preciso ter um controle rigoroso de tudo o que come. Além disso, um aspecto criticado na dieta dos pontos é que ela focaliza apenas a quantidade de calorias, deixando de lado a preocupação com uma dieta balanceada como demonstrada na Pirâmide Alimentar. Nutricionistas alertam que uma dieta desbalanceada, onde há falta de nutrientes essenciais, pode ocasionar a fome oculta.