Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros). Não é objeto de registro como medicamento fitoterápico, planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.
Os fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população.
A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos.
A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem, formulação farmacêutica e estudos de estabilidade.
Fonte: Anvisa
A fitoterapia, apesar de ser erroneamente considerada por muitos como uma terapia alternativa, faz parte do arsenal terapêutico habitualmente utilizado na medicina, embora não seja uma especialidade médica.
A fitoterapia estuda as plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu de forma independente na maioria dos povos.
Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora. A ANVISA, em 2004, regulamentou o uso de medicamentos fitoterápicos exigindo comprovação de eficiência, reprodutibilidade e o uso de extratos padronizados para liberação de sua comercialização, garantindo ao consumidor maior segurança.
Existem milhares de plantas medicinais em todo o mundo. Elas vêm sendo utilizadas há centenas de anos no tratamento das doenças. Inicialmente este uso foi empírico e fundamentado na observação. Após essa fase, surge o interesse da comunidade científica pelo isolamento do princípio ativo da planta, seus mecanismos de ação, dose a ser utilizada e possíveis efeitos colaterais.
Enquanto o princípio ativo não foi isolado, as plantas medicinais foram utilizadas na forma de chás e diluições, preparações caseiras ou semi-industrializadas e na forma de extratos padronizados homogêneo da planta.
O uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas. A presença de uma grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir à reação alérgica. Pode haver contaminação por agrotóxicos, metais pesados, excrementos de animais, etc. E também ocorrer interação com outras medicações, levando a sérios danos à saúde.
Todo princípio ativo terapêutico a priori é benéfico, desde que usado dentro de uma dose de segurança, abaixo da qual é inócuo, e acima tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzido através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%.
O isolamento dos princípios ativos nem sempre é fácil e seguro. Ao se substituir a forma de utilização popular por medicamentos contendo a substancia ativa isolada, podem surgir efeitos colaterais adversos ou mesmo perder involuntariamente o sinergismo do composto original.
Vantagens da Fitoterapia
• Fácil obtenção;• Eficácia comprovada;• Tratamento de baixo custo;
Cuidados necessários ao fazer da fitoterapia
• Usar plantas bem conhecidas;
• Usar apenas o chá feito no dia;
• Usar plantas frescas colhidas há pouco tempo;
• Lavar muito bem a parte da planta a ser usada; • Não utilizar plantas que estejam mofadas, velhas e com bichos; • Não pegar plantas perto de fossas, lixos, esgotos, locais tratados com agrotóxicos e em beira de estradas, porque pode conter substâncias tóxicas provenientes dos automóveis; • Quando for usar folhas secas para fazer um chá, procure secá-las em locais arejados, sem umidade e à sombra, pois os raios solares podem eliminar parte das substâncias curativas; • Quando for utilizar raízes secas, picar em pequenos pedaços antes de secar. Após a secagem, guardar em vidros escuros fechados com o nome da planta; • Não guardar as plantas medicinais por muito tempo, porque elas podem perder sua ação terapêutica, além de poder sofrer contaminação de fungos ao longo do tempo;
Formas de preparo dos medicamentos fitoterápicos
• Chás; Sucos; Extratos padronizados em cápsulas.